sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FUTEBOL: TECNOLOGIA X ARBITRAGEM

By Aline Salustiano Dias[1], Iraildes Faria[2] e Isaac de Cristo[3]/Coordenador: Prof. Marco Brandão[4]

RESUMO
Este artigo versa sobre as injustiças sofridas por milhões de torcedores quando se decepcionam ao ver seu clube ser derrotado em campo, não pela equipe oponente, mas por erro daquele que deveria apenas arbitrar sem que sua arbitragem interferisse nos resultados. Abordaremos alguns exemplos cujos erros da arbitragem interferiu no resultado final do jogo ou até mesmo nos rumos do evento ou campeonato. Levantamos aqui a uma questão que diz respeito ao uso da tecnologia no futebol para auxiliar a arbitragem naqueles lances cujos erros humanos são possíveis, mas que podem ser esclarecidos rapidamente através do uso de tantos equipamentos capazes existentes no mercado.

Palavras chaves:
Arbitragem – futebol – tecnologia – torcedores.

INTRODUÇÃO

Não são raras as vezes que milhares de torcedores saem decepcionados de um estádio de futebol. Não apenas pelo fato de seu clube ter sofrido uma derrota, mas pelo inconcebível erro da arbitragem, quando não vários erros.

Não obstante, a enorme quantidade de equipamentos presentes nos estádios, exibe eliminando em 100% toda e qualquer possibilidade de dúvida, todos os lances ocorridos numa partida de futebol.

Mas as perguntas que não querem calar sempre se repetem: Por que a FIFA – Federation Internationale de Football Association[5] não autoriza o uso da tecnologia para esclarecer algum lance duvidoso? Este cerceamento não seria uma tremenda falta de respeito para com todos aqueles que gostam de futebol? Que respeito a FIFA demonstra para com tantos torcedores quando do alto de seu império despreza exatamente aqueles que nas arquibancadas ou em frente à TV são exatamente a outra face do jogo. Fazem desta forma a interface com os atletas que correm no gramado. Já não estaríamos no momento de mostrar para a FIFA que o sentimento de torcedor é incomparavelmente mais forte do que qualquer atitude obscura que possa estar por trás desta tão absurda decisão de não permitir o uso da tecnologia para esclarecer dúvidas na tão humana arbitragem?


Curiosidades do Esporte – alguns casos mais famosos sobre erros de arbitragem

Juiz de Futebol, profissão detestada pelas mães, não sabemos porque, mas elas sempre são lembradas pela torcida...

-Nos idos de 1950 os dirigentes desconfiavam dos juizes nacionais, o que era incompreensível, pois o "melhor" de todos era João Etzel, famoso pelos "arranjos" de resultados. Mas vamos ao que interessa. Para a decisão do Campeonato Paulista de 1950, foi chamado um juiz inglês, Mr. Southampton, se não me engano. Para o São Paulo bastava o empate. O Palmeiras precisava vencer e através de Aquiles, fez 1x0 ainda no primeiro tempo. Aos 40 minutos do segundo tempo, Teixerinha faz um gol dos mais legítimos e lindos do ano, porém, alegando não se sabe o que, Mr. Somebody anulou o gol, tirando o tri-campeonato do São Paulo. Considerando que o juiz chegou aqui praticamente no dia do jogo, não se pode falar nem em suborno, nem em má fé. O que houve foi ruindade mesmo. Para o que aconteceu, não seria preciso gastar a fortuna paga ao Mr.Something, era só deixar por conta de João Etzel, que ele resolveria... para quem pagasse melhor...

-Falando-se em juízes importados... E o argentino Javier Castrilli na semi-final do Campeonato Paulista de 1998, entre Corinthians e Portuguesa ? Quanta lambança...

-E na final do Campeonato Paulista de 1971, que o Armando Marques "viu" mão na cabeçada de Leivinha? Para consolo dos palmeirenses, esse seria o gol de empate e mesmo com o empate, o São Paulo seria campeão... Mas que foi uma grande lambança, foi.

-E o que Armando Marques fez na final do Campeonato Paulista de 1973, errando na contagem dos penaltis, o que fez o Santos dividir o título com a Portuguesa? Bota lambança nisso... Foi um absurdo o que aconteceu... Errar na contagem de pênaltis!? PODE?

-Já tivemos um juiz artilheiro. Foi José de Assis Aragão num jogo entre Santos e Palmeiras, em 1983. Finzinho de jogo. Empate. O que era bom para o Santos que se defendia. Atacante do Palmeiras (quem foi??) chuta a bola, que vai saindo pela linha de fundo, onde estava estrategicamente colocado nosso juiz. A bola bate em sua perna (Aragão jura que não se mexeu, porém os defensores santistas disseram que ele mexeu a perninha) e entra dentro do gol, dando a vitória para o Palmeiras. Casual ou não, foi um lindo gol... menos para os santistas...

-Na Taça de Prata de 1968, FLA/FLU na decisão. Wilton faz um lindo gol com a mão, dando o titulo ao FLU. Todo mundo viu a mãozinha do Wilton, nosso querido Armando Marques...
Sempre ele...

-Semifinal do Campeonato Mundial de 1986. O célebre gol de mão de Maradona contra a Inglaterra. O mundo inteiro viu, menos o juiz... Como se vê, lambanças "juizísticas" não é privilégio nosso...

-Semifinal da Copa América, Brasil e Argentina. Túlio "mata" a bola com o braço, e faz um lindo gol. Todos viram o bracinho do Túlio funcionando, menos o juiz, que saiu dizendo que Túlio havia "matado" com o peito. Agora, ganhar da Argentina com gol feito com a mão, é muito mais gostoso do que com um gol de "placa"... Não acham?

-E aquele célebre gol que não entrou na final da Copa de 1966, que deu o título para a Inglaterra, contra a Alemanha? Absurdo dos absurdos. Aquele gol só confirmou que o Mundial de 1966 já estava "arranjado" para os ingleses, donos da casa...

-Lambanças de juizes sempre houve, e sempre vão acontecer. São seres humanos, que usam a velha máxima : “HERRAR É UMANO...” porém, não precisam ser tão humanos. Futuramente, teremos mais lembranças de lambanças.[i]

Um exemplo na não vasta literatura

A literatura não é muito vasta no que se diz respeito ao assunto abordado. A imprensa por sua vez faz o seu papel de mostrar repetidamente a verdade sobre determinados lances duvidosos. Mas sinceramente não vemos ela investir comentários sobre os questionamentos aqui levantados, mesmo observando que isso daria muito pano “pra manga”. Mas por que até mesmo à imprensa interessa tão pouco, esta briga que envolve nada menos que alguns bilhões de torcedores espalhados pelo mundo? O que realmente está por trás de todo este sistema? Há forças tão representativas que se declaram, mas que a nossa ingenuidade que quer ver? ou preferimos apenas nos dar ao luxo da emoção de irmos ao estádio ou ficarmos em frente à TV mesmo quando nos sentimos injustiçados?

A lei no 9.307 de 23 de Setembro de 1.996, que dispõe sobre a arbitragem, prenunciou o início de uma nova era para a solução de conflitos no Brasil. Entre acadêmicos e entre um grupo ativo de juristas, a nova lei de arbitragem veio acompanhada de muito entusiasmo.
Nos anos seguintes, muitos cursos foram lançados para preparar profissionais sobre essa matéria; proliferaram as câmaras de arbitragem, que, em muitos casos, intitularam-se “tribunais” e “cortes”; muitos acharam que enriqueceriam com os métodos alternativos de solução de conflitos. Se o tempo é o senhor da razão, os últimos anos foram impiedosos em dar aos entusiastas da arbitragem uma lição de realismo. E isso porque a arbitragem não se multiplicou, no Brasil, de forma geométrica, como alguns chegaram a imaginar.

Muitas explicações podem ser procuradas para tal lentidão no uso da arbitragem. No plano jurídico, persistiram, por muito tempo, dúvidas, apesar da contemporaneidade do texto normativo brasileiro. A estabilidade na jurisprudência foi sendo conquistada aos poucos com avanços e retrocessos provocados por alguns tribunais ainda pouco informados.

No plano do direito internacional, ainda maculava o Brasil o fato de não ser membro da Convenção de Nova York, uma limitação que somente em 2002 foi suprimida. Quanto às persistentes – e, para muitos, infundadas – dúvidas com relação à constitucionalidade da lei brasileira, somente no final de 2001 é que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou, no famoso caso Resil v. MBV[6], cujo termo deu novo alento à arbitragem no Brasil. Em suma, nos dois últimos anos, os empecilhos jurídicos, finalmente, foram afastados, consagrando-se a perfeita compatibilidade entre a arbitragem e o ordenamento jurídico brasileiro.

Mas, se a norma evolui a partir da assinatura dos legisladores e dos ministros, o mesmo não se pode dizer da sociedade, cuja evolução demanda fatores mais complexos e muitas vezes mais lentos. O reconhecimento da relevância da arbitragem no meio social é um desses processos lentos, e mesmo entre operadores jurídicos, há enorme dificuldade no câmbio de mentalidades, com freqüência impedido pelo preconceito e pela ignorância. Isso não significa, entretanto, que a aceitação social da arbitragem não tenha se modificado desde 1997. Ao contrário, essa aceitação é visível no número crescente de casos, na inclusão recorrente da cláusula compromissória nos contratos e no interesse pelo estudo da matéria no meio acadêmico. Sobretudo no que se refere ao comércio exterior e aos contratos internacionais, ganha unanimidade a opinião favorável ao uso da arbitragem. O que se quer dizer, entretanto, é que a arbitragem não é uma solução mágica, daquelas em que nós brasileiros, herdeiros legítimos do sebastianismo, adoramos acreditar. Ao contrário, as dificuldades para a multiplicação do uso da arbitragem e as desconfianças ainda persistentes quanto à realização de arbitragens no Brasil demonstram que os meios alternativos de solução de conflitos não são um apanágio para os males do acesso à justiça, cuja defesa e alcance demandam a construção cotidiana de soluções.

A construção de soluções jurídicas não pode prescindir, evidentemente, de um alicerce teórico sólido. Assim, a produção científica brasileira sobre o tema tem avançado nos últimos tempos, para muito além dos lugares-comuns sobre as vantagens da arbitragem, até conseguir construir modelos teóricos mais sofisticados. O livro “Acesso à justiça e arbitragem: um caminho para a crise do judiciário” da escritora Adriana S. Silva – Ed. Manole, é um digno representante dessa tendência de seriedade no que se refere à pesquisa sobre arbitragem no Brasil. Ao identificar a correlação entre mudanças sociais e a demanda por acesso à justiça, a professora Adriana S. Silva traz uma contribuição fundamental para compreender os limites da utilização da arbitragem como instrumento de promoção da justiça.

Essa crença na justiça, demonstrada em suas páginas, recupera a alma daqueles que não se contentam com a perplexidade diante da repetição das injustiças, daqueles que não deixaram seus sonhos de justiça soçobrarem ao testemunhar o que é feito nos foros deste país. Esses são os Quixotes, que sonham soluções efetivas, que para muitos parecem “quimeras, sandices e desatinos, mas que são justamente o contrário”. Enfim, como demonstra a presente obra, chega de investir contra moinhos de vento. A peleja agora é contra estruturas sólidas e arraigadas, e transtornar seus alicerces demanda fundamentos científicos. Tais fundamentos estão presentes neste livro, que, certamente, constitui o começo de uma longa contribuição científica da autora à promoção do direito e do acesso à justiça.[ii]

Juiz de futebol eletrônico – Uma porta aberta ao uso da tecnologia e prática da JUSTIÇA
Torcedores da maioria dos times têm aquela história para contar, "aquela, quando a bola entrou mas o juiz não deu o gol!". Durante uma partida de futebol, uma decisão errada de um árbitro ou bandeirinha pode fazer a diferença entre a vitória e a derrota, levando jogadores e torcida ao desespero. Não importa o que a câmera lenta revele, a decisão do juiz é final e irrecorrível.

Para auxiliar os juízes a tomar decisões mais corretas, o Fraunhofer Institute for Integrated Circuits (Alemanha) desenvolveu um sistema de sensores que acaba de ser instalado para testes no Estádio de Nuremberg. Até o fim do ano 2002 o novo sistema será demonstrado para jogadores e para a torcida.

O equipamento é constituído por um coletor de dados que emite ondas de rádio e por um sistema computadorizado de análise. Ele foi desenvolvido conjuntamente pelo Instituto Franhofer, pela empresa Cairos Technologies e por cientistas da Universidade Técnica de Munique.

Mas, além de auxiliar o juiz, o sistema deve se mostrar um auxiliar valiosíssimo para os treinadores. Com ele é possível ter na tela do computador a posição exata de cada jogador em um ambiente 3D, além de informações precisas como a velocidade dos jogadores ou da bola. A FIFA já se manifestou favorável a testes do sistema para sua introdução na Copa de 2.006.

Sylvia Couronné, gerente do projeto, explica seu funcionamento: "Nós colocamos minúsculos transmissores, pesando apenas alguns gramas, nas caneleiras usadas pelos jogadores. Cada transmissor emite um sinal de microondas individual a uma taxa de várias vezes por segundo. Um transmissor na bola, que tem mais velocidade, emite seu sinal quatro vezes mais rápido. Até dez antenas receptoras são posicionadas a intervalos determinados ao redor do campo".

O fluxo constante de dados coletados nas antenas é transmitido por fibra-ótica para a central de computadores. Os computadores calculam a posição de cada transmissor precisamente através da verificação do tempo que cada sinal leva para chegar às antenas. Antes que o juiz possa acionar seu apito, ele recebe um sinal sonoro, com termos como "gol" ou "bola fora". O sinal para o juiz pode ser também mostrado em seu relógio.[iii]

De uma simples bola rolando em campo até a violência fora dos estádios
Futebol é uma bola rolando mas com poder inexplicável. Capaz de atrair milhares e milhares ou até bilhões de pessoas. Como uma bola rolando e alguns homens atrás dela, envolve uma tão complexa gama de interesses: financeiros, desportivos, políticos, legais, imprensa, internacionais... interesse de entidade diversas, patrocinadores, clubes... Mas o fato de alguns milhares de torcedores saírem de um estádio com imensa decepção por seu clube ter perdido uma partida apenas por conta daquele lance que o juiz deixou de marcar ou marcou sem que ele houvesse, não acarretaria uma certa revolta que poderia também culminar em violência dentro e/ou fora dos estádios? Muitas das “brigas” que às vezes terminam em mortes não seriam também fruto desta “raiva” presa e que extrapola por ocasião de uma provocação de “torcida”? A sensação de injustiça também não pode transformar o ser humano numa bomba em potencial?

CONCLUSÃO
O futebol faz parte da cultura dos povos e assim sendo, o que é cultura leva tempo para ser considerado como tal e conseqüentemente demanda também algum tempo para ser mudado. Se formos começar alguma nova regra de futebol certamente nos depararemos com algumas resistências vindas até mesmo do próprio torcedor.
O interesse de se manter as coisas como estão é principalmente de organismos ou grupos que se beneficiam com tais procedimentos ou falta deles. Não permitir que a tecnologia seja usada para se esclarecer dúvidas ou ainda para que se faça justiça, segundo percebemos só interessa a organismos ou grupos que intentam controlar resultado de partidas e cujo fato só é possível com o uso do “dedo mágico” da arbitragem.
O que leva uma organização como a FIFA a manter uma regra tão absurda que é a falta de uso da tecnologia para esclarecimento de dúvidas, quando a sua liberação é sem sombra de dúvidas um consenso entre os bilhões de torcedores que pelo mundo a fora vão ao estádios ver seu time do coração disputar a uma partida de futebol? Seria isto consensual apenas para torcedores e clubes pequenos e nunca para os dirigentes de grandes clubes, sobretudo quando estes estando em algum mal momento não pode perder aquele jogo para um clube pequeno e sem expressão no futebol das elites?? Teriam eles interesse em manipular resultados de jogos ou de campeonatos apenas para promover ”aquele” jogador que vale milhões de dólares e que não pode estar num plantel de perdedores? Até que ponto tudo isto pode estar recheado de sentido verdadeiro?

BIBLIOGRAFIA
[1] Graduando do curso de Bacharelado em Direito na FAMEC - Faculdade Metropolitana de Camaçari.
[2] Graduando do curso de Bacharelado em Direito na FAMEC - Faculdade Metropolitana de Camaçari.
[3] Graduando dos cursos de Bacharelado em Direito na FAMEC - Faculdade Metropolitana de Camaçari e de Arquitetura na UFBA - Universidade Federal da Bahia.
[4] Professor orientador: Disciplina: Metodologia da Pesquisa Jurídica da FAMEC - Faculdade Metropolitana de Camaçari.
[5] Assim mesmo é o significado da sigla FIFA, conforme consta no site oficial: www.fifa.com
[6] Processo Civil Administrativo. A constitucionalidade da arbitragem Supremo Tribunal Federal. Caso: MVB x Resil. Autores: Welber de Oliveira Barral e Tatiana Lacerda Prazeres.
[i] http://www.detrivela.com.br/historias/juizes.htm
[ii]Silva, Adriana S: Acesso à justiça e arbitragem: um caminho para a crise do judiciário – Ed. Manole
[iii] http://www.inovacaotecnologica.com.br, em 04/06/2005.

sábado, 22 de agosto de 2009

Arquiteto X Engenheiro: Caso Real

Caros amigos,

Quem é da área de Construção Civil ou Arquitetura, certamente já escutou histórias e máximas sobre engenheiro x arquiteto.

Quando entrei na Universidade Federal da Bahia em 1988, no curso de Arquitetura e Urbanismo, as disciplinas eram estudadas cada uma na unidade de origem, assim, três vezes por semana nos dirigíamos para a Escola Politécnica para as aulas de Topografia. Lá estudavam juntos, alunos de Arquitetura e de Engenharia Civil. Até aí, tudo bem, já sabíamos, pois já estudáramos outras disciplinas como Matemática, Física, Cálculo, Mecânica, etc.

Mas imaginem a nossa surpresa quando no primeiro dia de aula, o professor se apresentou dizendo:

-MEU NOME É GILMAR DA MATA GANTOIS, SOU ENGENHEIRO, NÃO GOSTO DE ALUNOS DE ARQUITETURA, DETESTO ESTA IDEIA DE ENSINAR ALUNOS DOS DOIS CURSOS JUNTOS NA MESMA TURMA, E NÃO ADMITO FACILITAR NAS AVALIAÇÕES, PARA QUE OS ALUNOS DE ARQUITETURA NÃO SEJAM TODOS REPROVADOS, PORTANTO ESTUDEM, SE VIREM E NÃO ATRAPALHEM A MINHA AULA COM PERGUNTAS IMBECIS...

Imaginem o quanto apavorados ficaram os alunos de Arquitetura, enquanto os de engenharia sorriam e desdenhavam das nossas caras. As aulas transcorriam sem que ousássemos fazer perguntas e muito menos nos misturar aos alunos de engenharia. Modéstia à parte, as ameaças daquele professor não me abalaram pois fiz arquitetura por convicção e sempre gostei de Construção Civil - obras, projetos, cálculos, etc.

O EXERCÍCIO

Determinado dia aquele professor passou uns exercícios na sala, e neles havia um que era uma poligonal, onde deveríamos fechá-la ("zerá-la") gráfica e analiticamente. Para minha surpresa, não havia meios que a fechasse... por várias vezes fiz e refiz os cálculos. Chamei o colega Sávio Ponte, que sempre estudava comigo, mostrei o meu questionamento e ele receoso, percebendo que eu queria questionar ao professor, me aconselhou revisar os cálculos novamente. Eu revisei juntamente com ele e chegamos à conclusão de que o erro estava num azimute do enunciado, mas ele não me encorajou a questionar. Àquela altura eu já começava a tremer, sabia que poderia estar blefando, e o mico não seria dos pequenos.

Tomei coragem, respirei fundo, resolvi enfrentar a fera. Minha voz tremia, quase não saía e comecei a falar sem me levantar:

-Professor, eu gostaria de questionar o exercício tal... pois acredito que não há como fechar esta poligonal...

Fui sumariamente interrompido: Gantois não se deu ao trabalho de se voltar em minha direção para me escutar enquanto eu falava. Ele estava lendo um jornal ou uma revista, (não me lembro), simplesmente falou firme sem considerar nada do que eu havia falado, ou pelo menos tentara falar:

-VOLTE, VÁ ESTUDAR E DESCOBRIR PORQUE VOCÊ NÃO CONSEGUE RESOLVER O PROBLEMA...

E continuou a desdenhar juntamente com os alunos de engenharia que sorriam de mim e claro... dos demais alunos de arquitetura. Novamente e inseguro tornei a rever o exercício, repetidas vezes tirei provas, todas as provas que pude... convenci-me de que eu estava certo. Àquela altura o colega Sávio já me encorava muito menos. alguns outros colegas solidários vieram à minha carteira, querendo que eu estivesse certo, pediam para que eu fosse prudente. Depois de muito hesitar em um conflito psicológico, moral, desabafo, (sei lá o que), pensei:

.oO "Posso pagar este mico novamente, mas não levarei pra casa esta dúvida."

DESAFIO FINAL

Levantei-me, a turma calou completamente e se voltou para mim, que ainda mais nervoso e trêmulo, dirigí-me até à frente, e de maneira que se tentasse falar normalmente a voz não sairia, falei gritando:

-PROFESSOR GILMAR DA MATA GANTOIS, NESTA INSTITUIÇÃO O SENHOR É PROFESSOR E EU SOU ALUNO, DESTA FORMA, O SENHOR TEM O B R I G A Ç Ã O DE ME ESCUTAR, ENTÃO LHE PEÇO PERMISSÃO PARA IR AO QUADRO DEMONSTRAR MINHA CONCLUSÃO ACERCA DESTE EXERCÍCIO...

Ele parou, fria e lentamente virou-se em minha direção, respondeu, desta vez em tom suave:

-Está aí o giz.

A sala de tão silenciosa, parecia um túmulo, então peguei um giz e no quadro, comecei a calcular aquela poligonal, enquanto riscava o quandro, falava gritando tudo que escrevia e raciocinava, até que cheguei à conclusão, lembro-me que gritando de tão nervoso que estava, concluí:

-...ENTÃO PROFESSOR GILMAR, ESTA POLIGONAL NÃO FECHA, POIS O AZIMUTE DO PONTO (TAL) O LEVA PARA (TAL) DIREÇÃO, FAZENDO COM QUE A POLIGONAL NUNCA POSSA SER FECHADA. PEÇO AO SENHOR QUE ME MOSTRE ONDE ESTÁ O MEU ERRO E FALTA DE CAPACIDADE PARA RESOLVER ESTA QUESTÃO...

Àquela altura, o silêncio se consolidara. Após minha conclusão ninguém ousava falar ou fazer qualquer outro barulho, o professor ainda sentado e já voltado para o quadro, parou por alguns instantes e em seguida foi voltando-se lentamente para a turma. Eu continuei de pé esperando o que ele diria. Não é novidade lembrar que embora estivéssemos numa mesma sala, sentávamos separados alunos de engenharia e de arquitetura, como se houvesse uma parede dividindo a sala.

Ele voltou-se para os alunos de engenharia e começou a falar em tom de repreensão, embora em voz asperamente baixa:

-HÁ 11 ANOS SOU TITULAR DA CADEIRA DE TOPOGRAFIA DESTA INSTITUIÇÃO...

Citou outras disciplinas das quais também era titular, continuou:

-...PARA PAGAR A MINHA ARROGÂNCIA E PARA MINHA DECEPÇÃO, NUNCA UM ALUNO DE ENGENHARIA - QUE EU SEMPRE PROTEGI E ELOGIEI - RESOLVEU ESTA QUESTÃO E, TAMPOUCO LEVANTOU QUALQUER QUESTIONAMENTO...

Voltou-se para o lado dos alunos de arquitetura e continuou:

-...MAS TINHA QUE SER JUSTAMENTE UM ALUNO DE ARQUITETURA, A ME APLICAR TAL FAÇANHA.

Voltou-se para mim e continuou:

-LHE PARABENIZO E PEÇO DESCULPAS A VOCÊ E A TODOS OS ESTUDANTES DE ARQUITETURA, PELAS COISAS QUE FALEI E PELO TRATAMENTO HUMILHANTE QUE SEMPRE LHES DEI AO LONGOS DESTES ANOS. A PARTIR DE HOJE NÃO VEREI MAIS DIFERENÇA ENTRE ALUNOS DE ARQUITETURA E DE ENGENHARIA, NEM OS TRATAREI COM DIFERENÇA...

Sem qualquer demagogia, de fato o professor Gilmar se tornou amigo da turma de arquitetura, inclusive meu. Não guardei qualquer mágoa dele referente a este episódio. Anos depois eu soube que ele veio a falecer.

Este fato aconteceu no segundo semestre de 1989 na Escola Politécnica da UFBa.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pintura no céu - Salvador - Bahia - Brasil


Nós andamos rua acima, rua abaixo e muitas vezes não percebemos a criatividade dos urbanistas e arquitetos que montam a nossa cidade. Uns fazem execelentes projetos, outros nem tanto assim...
Dirigindo e tendo que parar ao acaso de um engarrafamento, achei interessante a disposição das luminárias colocadas na Av. Prof. Magalhães Neto, exatamente vistas do ponto em que parei.
Após a constatação e já propositadamente atento, procurei verificar a paisagem de outros ângulos à medida que o trânsito se movimentava, mas confesso que não gostei dos resultados, sorte que consegui registrar aquele momento e local quase único para o efeito mostrado naquela paisagem.
Quando vistas de determinado ângulo e momento, as luminárias dão ao céu uma pintura inusitada, como se um hábil pintor tivesse rabiscado o céu com rápidas pinceladas com uma tinta também de tom azul, porém mais acentuado do que aquele apresentado pela abóbada celeste naquele momento, dando um contraste necessário para ser bem visto sem necessariamente chocar a visão do observador.
Não obstante, pela inspiração e composição naturais, o cinza dos postes parecem não saltar à cor das nuvens que na composição parecem ter sido colocadas no lugar exato e no tom necessário para não roubar a cena dos traços pintados pelas luminárias, pelo urbanista ou pela interpretação que outros tantos observadores poderão dar àquela paisagem.
Veja a imagem que capturei instataneamente na referida parada do trânsito. A imagem não é profissional mas dá pra se ter uma idéia da composição que as luminárias formam com o céu, do ângulo de onde fotografei. Muito bonito, interessante... Não quero exagerar, mas creio que certamente até a formação do céu naquele momento teve sua influência na formação daquela imagem.
Propositadamente até poderemos conseguir imagens parecidas ou ainda melhores do que aquela que consegui registrar, mas nunca igual a ela.
Imagem tirada no sentido "Av. Tancredo Neves-Orla" em 16/04/2009.

sábado, 27 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON NOT DIED...

Dear friends,

I grew listening to Michael Jackson's musics, yesterday (25/06/2009) I saw images and listened to notice of his death. Difficult to relate the death of the only body of an idol with the incommensurable brightness that it has while celebrity/astro brilliant that he is. The Music do not dies, an idol do not dies, an astro do not dies, therefore his light NEVER can torn off. Michael Jackson through his music, his dance, his special and only way to be astro, will exist forever in our hearts, in our minds.

August, 29 1958 were a date that showed us that an astro only born, Now June, 25 2009 is a mark that will say us that an astro remains forever.

Yours truly,

Isaac de Cristo – Writer (Camaçari-Bahia-Brazil)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson não morreu...

Caros amigos,

Cresci escutando músicas de Michael Jackson, ontem(25/06/2009) vi imagens e escutei notícias de sua morte. Difícil relacionar a morte do apenas corpo de um ídolo ao incomensurável brilho que ele tem enquanto astro reluzente que é. A música não morre, o ídolo não morre, um astro não morre, portanto sua luz NUNCA se apaga. Michael Jackson através de sua música, sua dança, sua maneira especial e única de ser astro, existirá para sempre em nossos corações, em nossa mentes.

29 de agosto de 1958 foi uma data que nos mostrou que um astro apenas nasce, já 25 de junho de 2009 é um marco que nos dirá que o astro permanece para sempre.

Isaac de Cristo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Considerações sobre a redução do IPI - Uma jogada de mestre

Uma jogada de mestre, é como qualifico a redução do IPI pelo Governo Federal. Ora, reduzir 10% no IPI, não significa 10% de desconto no preço final do produto, sobretudo quando se fala em produtos componentes de insumos da Construção Civil. Aliás, significa algo real em torno de 2%com muito otimismo, isto quando o revendedor repassa o incentivo.

Mas as considerações não terminam por aí, nos produtos da linha qualificada como "branca" (geladeiras, fogões, etc) até consegue-se perceber menos acanhadamente o incentivo, uma vez que a redução do imposto incide sobre a totalidade do produto, o que não é verdade, quando falamos de Construção Civil, onde muitos dos produtos relacionados nos 30 grupos de materiais, são apenas componentes juntamente com outros produtos não contemplados no incentivo. Isto faz a redução real no preço final do produto oscilar entre 1 e 2%. Percentuais tão irrisórios perdem em disparada para os descontos já praticados pelos incorporadores, haja vista, não é raro se praticar no mercado descontos de 5 a mais de 10%.

A grande jogada de mestre feita pelo governo é bom para todo mundo, mesmo quando ele declarado estar deixando de arrecadar milhões de reais, uma vez que a demanda de consumo tem respondido positivamente, muito além das expectativas, a ponto de o próprio governo já estar falando em prorrogar o período de incentivo ou até mesmo de deixá-lo perdurar sem limitação de tempo. Já os incorporadores ganham por manter os negócios em andamento, mesmo quando se fala em crise, uma vez que conforme já citei, o desconto final não é nada de anormal para o comércio de um país capitalista.

Já o consumidor, movido pela idéia de "10% de desconto", num cenário de crise, sente-se comprando a preços menores do que poderiam ser, é como comprar no mesmo preço anterior ao da famigerada crise econômica. Não vou me surpreender se me disserem depois que o governo lançou mãos de assessoria psicológica para empreender tão acertadamente numa situação de crise onde muitas potências econômicas estão à beira da sucumbência.

Mais uma vez parabéns ao Presidente Lula pela perspicácia de lançar na mesma áurea de crise e de "solução" o programa "Minha casa, Minha Vida" que, ligando a crise à solução, tira de letra frente a tantos chefes de estado, hawardianos, doutores, etc, que já governaram o país anteriormente. Neste contexto, o importante é que o brasileiro está otimista, o presidente recebe elogios de outros chefes de estado e o país adquire divisas frente a outras nações pelo mundo.

Isaac de Cristo

terça-feira, 23 de junho de 2009

Crea é convidado mas não participa de palestra sobre construção

Prezados amigos,

O meu objetivo ao convidar o Crea para participar da palestra destinada a quem pretende construir ou reformar era que a entidade assim como faço em meu livro "CONHECENDO OBRAS - Ideal para quem pretende construir ou reformar", mostrasse a importância da contratação de arquitetos e engenheiros num processo de construção.

Gostaria de externar minha tristeza ao receber resposta negativa do Crea informando a impossibilidade de enviar algum representante para participar da palestra. Acredito que seria de suma importância a participação da entidade, no sentido de ajudar a conscientizar os proprietários de obras, reduzindo assim a falta de contratação de arquitetos e engenheiros.

A palestra faz parte do lançamento do livro no dia 03/07/2009 e para palestrar juntamente com o autor, foram convidados representantes das entidades envolvidas no processo de legalização de uma obra: Prefeitura, Receita Federal(INSS) e CREA.

Acredito que está na hora de uma grande movimentação entre arquitetos e engenheiros no sentido de moralizar a classe, a exemplo de outras ofícios como o de advogado, médico, odontólogo, entre outros, onde a profissão é exercida apenas pelos profissionais qualificados.

Ainda a esse propósito é grande a quantidade de obras que são erguidas às escuras técnicas, sem qualquer participação de profissionais qualificados e a fiscalização sequer passa por lá...

Em tempo peço ajuda a algum amigo no sentido de interceder para que a resposta negativa possa ser mudada.

sábado, 20 de junho de 2009

Descrição do poema “O Que é Importante Para Você?” - Isaac de Cristo

Descrição do poema “O Que é Importante Para Você?” do escritor Isaac de Cristo
(Clique para baixar o poema em PowerPoint descrito neste texto)


Ao escrever a presente obra, a cada pensamento lancei mão de minha memória e de minha convivência real entre familiares e amigos, a partir dos quais, entre outros, algumas frases foram feitas.

Muitas das frases foram elaboradas a partir das experiências vividas ao longo de toda a minha vida. Mas é possível que muitas frases aqui descritas, no poema sejam exatamente uma descrição verdadeira da vida de outras pessoas às quais nunca conheci, mas que passo a ter contato com elas a partir do momento em que forem leitoras e passarem a conhecê-las.

Para compor o presente poema e ampliar o seu sentido e força de expressão, lancei mão de recursos áudio-visuais já facilmente presentes em nossa vida e em nosso cotidiano, através de imagens e de uma música criteriosamente analisadas e selecionada onde, seus conteúdos e belezas musical e visual podem se encaixar perfeitamente no contexto de todo o poema e no que diz o texto como um todo e a partir de cada frase em particular nele contida. Embora a música seja cantada em inglês pelo célebre cantor Elton John, ao final desta descrição achei conveniente colocar a tradução da mesma, onde o leitor poderá comprovar a formação desse conjunto - texto, imagens, música - e se beneficiar em sentido amplo ao contemplar a presente obra lançando mão dos recursos áudio-visuais que a compõem e que são necessários para a sua reprodução e perfeito entendimento.

Para escrever algumas das frases, muitas vezes fiquei horas tentando formulá-las e mesmo assim nada me vinha na inspiração, já outras, me ocorreram num piscar de olhos, ou quando, por exemplo, um amigo nunca chegou na hora em que ele mesmo marcara, ou mesmo quando disse “já estou chegando” e muitas das vezes nem chegou...

Como o presente poema foi concebido ao longo de muitos anos, algumas frases foram formuladas e re-formuladas. Já as imagens, todas captadas na Internet, foram criteriosamente comparadas e selecionadas para que se encaixassem no contexto de cada frase ou pensamento. Ao escrever cada frase eu estava convicto de que em seu conteúdo haveria um tema importante nela expresso e que juntamente com a imagem e com o a música, ficaria ainda mais claro, pois a imagem juntaria também o sentido e a importância que a natureza pode exercer em nossas vidas e na vida de cada leitor em particular.

Assim, percebe-se sem muito esforço, que dentre todas, com apenas uma exceção, aquela à qual se refere ao relógio ou ao amigo que nunca chega na hora em que ele mesmo marca, cada frase é harmonizada em seu sentido com uma imagem natural. O conjunto texto e imagem, não apenas o texto ou somente a imagem, nem apenas e também sendo, o que cada um deles pode representar separadamente em seu conteúdo, mas sim, o que cada um deles pode sugerir, faz com que o leitor possa ampliar o seu campo de visão e de interpretação a um universo quase sem fim de idéias e situações, até por que o objetivo da obra é fazer o leitor refletir a cada frase, sobre sua vida, seu trabalho, sua família, amigos... Além de aguçar a reflexão sobre o amor, sobre a riqueza, a pobreza, a saúde, a doença, a alegria, a tristeza, entre outros tantos sentimentos e situações que podem vir à tona a partir da formulação que cada leitor possa ter.

No tocante à Natureza presente em praticamente todas as frases através de imagens artisticamente capturadas da natureza e com o intuito de ampliar ao máximo a reflexão do leitor, onde o mesmo poderá perceber a importância da Natureza em nossas vidas e, sobretudo em sua própria vida. Fato este que pode revelar uma contraposição clara do capitalismo selvagem que nos faz ignorar naturalmente a destruição da mesma a cada passo ou suspiro que damos ao passar do tempo.

Cada imagem é amplamente explorada juntamente com o significado que o texto pode sugerir a cada leitor, a exemplo da expressão contida no vôo de uma borboleta que mesmo parecendo errático em sua forma e sentido, indubitavelmente tem um destino certo ou que sempre a leva à flor onde ela encontrará o tão desejado e necessário néctar. Ao compor este conjunto tenho a sensação convicta de que ao ter contato com o texto e com a imagem e a partir deles e ainda ao som da música, o leitor entenderá que mesmo por caminhos que parecem tortuosos se consegue chegar a um objetivo, enquanto que, e ao mesmo tempo, caminhos que parecem perfeitos, nem sempre levam a um destino desejado, esperado ou certo.

A exemplo do título do poema conjuntamente com a primeira imagem e que se repete fazendo conjunto com outras tantas imagens, cada uma abordando e explorando temas diferentes que expressam artisticamente e com muita maestria, inicialmente e depois por mais duas vezes, um por do sol em imagens e paisagens diferentes, onde os mesmos além da intuição de uma pergunta que pode ter infinitas respostas, cada uma ou várias delas a partir da interpretação que cada leitor possa lhes dar, considerando cada imagem ou cada conjunto. Não se trata apenas de uma pergunta pelo fato de gramaticalmente terminar com uma interrogação e, nem apenas de um conjunto de cores harmoniozamente combinadas pela natureza e captadas pelas lentes de uma câmera adicionadas às habilidades do fotógrafo, mas se trata a partir do que e, sobretudo, a frase sugere de resposta ou de respostas e do que a imagem pode trazer de interpretação a partir de, e para cada leitor, quando este dueto, texto e imagem é harmoniosamente complementado com o mavioso som da melodia, da harmonia e do ritmo que lhes dar maior sentido. É como se os três juntos formassem um acorde perfeito maior, dando ao ouvido, que nesse momento ou contexto é o próprio leitor, a mais completa sensação de bem estar ao lançar mão de todos os seus sentidos, seja da visão, seja da audição, seja qualquer outro que ele possa ser compelido a usar. As imagens, por exemplo, podem sugerir em suas cores apenas o fim cronológico de um dia, quando nos referimos aos opostos termos claro e escuro ou ao “dia” e “noite”, mas a partir da reflexão do leitor e dele próprio, podem sugerir também o fim de mais um dia de labor, de vitória, de problemas solucionados ou ainda surgidos, a hora de voltar para casa, a hora do descanso, a hora de rever o filho... ou os filhos, quem sabe a família, ou quem sabe ainda o primeiro encontro com aquela pessoa tão especial que tanto ele ou ela, enquanto leitores, desejam...

A mesma frase ou pergunta se repete quando por duas vezes e, propositadamente, em paisagens contendo um campo com muitas cores presentes em sua vegetação, formando uma composição única e natural e em outros momentos em outras paisagens, o que configura, cada uma delas, mais uma verdadeira obra da Natureza, representada artisticamente e com muita maestria por suas respectivas imagens. Esses novos conjuntos podem levar e com certeza levarão, o leitor a outras tantas interpretações da mesma frase, ou a outras tantas respostas para uma mesma pergunta que toma sentidos diferenciados quando posta sobre uma outra paisagem representada, tanto quanto possível em seu sentido mais amplo pela presente imagem, mesmo quando essas paisagens parecendo ter o mesmo tema, são capturadas em momentos e ângulos diferentes pelas quase mágicas “lentes do fotógrafo”. E como relatado, a frase “O que é Importante Para Você?” se repete agora sobre uma imagem que representa, em minha visão, uma espetacular cachoeira que fazendo jus à tão presente e natural gravidade, desaba sobre pedras que naturalmente se combinam com uma densa floresta onde a espuma gerada pela queda das águas, gera uma cor branca dando como conseqüência uma paisagem esplêndida que faz mais uma vez e, aqui neste contexto, propositadamente, o leitor debruçar-se sobre a mesma pergunta e a partir da mesma e da presente paisagem possa descobrir ou, quem sabe re-descobrir, outras tantas respostas para a mesma e já conhecida pergunta.

Ainda me reportando ao título da presente obra e a partir dele e, lançado olhar no mesmo sobre a paisagem de uma bela flor que com vivas cores rosa, amarelo e branco e ainda lindamente compostas com o verde das folhas, faz um solo ímpar dentre as maravilhas visuais da natureza, acredito que a reflexão levará o leitor a outras respostas que jamais as poderia formular igualmente, se não tivesse a inspiração na imagem que hora lhe apresento e sugiro. A esse propósito repeti propositadamente as mesmas cores em outra imagem, onde flores diferentes em espécies e agora em um conjunto e não apenas uma delas fazendo o solo já relatado na imagem anterior, levarão sem sombra de qualquer dúvida o leitor a formular incondicionalmente, outras respostas para uma pergunta que toma novo sentido quando, proposto fazendo conjunto com imagens a cada momento diferentes, parecem tomar de assalto a atenção e o poder de formular respostas, peculiar exclusivamente ao ser humano e a partir de cada inquietação que lhe é particularmente peculiar.

Agora lhe pergunto diretamente, sabendo e tendo em você um leitor do presente poema e também deste relato e a partir de ambos e de você mesmo, “O Que é Importante Para Você?”, quando se depara com uma imagem que representa inexplicável um ser vivente que não precisa e nunca precisará em momento algum de nenhum labor para continuar existindo, perpetuando sua espécie e encantando intrusos seres humanos que, com artifícios de lentes e perícias, capturam sua imagem, ganham por ela, e sequer nenhum direito autoral de imagem lhe é concedido por ser o personagem que a faz tão significativa e reflexiva, quando completo-a com a frase ou a já relatada pergunta. Aí a sua reflexão se multiplicará por sabe-se lá tantas vezes quando você vir mais uma vez, a imagem de dois seres que se abraçam numa expressão de candura sem com certeza haver uma relação de amizade ou de ódio, de obrigação ou de contratos... aí imagino e quero crer que você certamente poderá se perguntar ou pensar, quem sabe ...“Meu Deus, o que na verdade é importante para mim?”.

Ao mostrar a imagem de um dito irracional beija-flor, que mesmo voando sem sair do lugar ele está fazendo o que em sua existência e em função de ser um ser vivo ele faz o que lhe dá essencialmente essas características, se alimenta voando sem sair do lugar enquanto suga o néctar da flor ou bebe a água na gotinha de orvalho que paira sobre sua pétala. Em contra partida nós racionais seres humanos muitas vezes expiramos toda a nossa energia sem sairmos do lugar ou sem avançarmos sequer um passo em um objetivo que pensamos estar perseguindo.

Assim, se fosse descrever cada conjunto formado por cada frase e sua respectiva imagem ou mesmo cada um deles separadamente, a cada investida, eu certamente teria uma descrição diferente a fazer em cada abordagem. O que espero nesta breve descrição é ter conseguido transmitir a partir dela e a partir da presente obra e de mim mesmo e ainda ousadamente com a participação do leitor, um entendimento que o faça refletir a cada vez mais e a cada momento diferente em que ler este poema, a partir da vida em particular e em sociedade, in natura e artificialmente, no amor e até mesmo no ódio, na amizade, na labuta do dia-a-dia, na saúde e na doença, na paz e até mesmo e por que não na guerra, sobre na verdade e de fato, “O que é Importante Para Você?”.

Isaac de Cristo




Tradução da Música
(Obs. Retirada da Internet)

AND CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT?
E Você Pode Sentir o Amor Esta Noite?
ELTON JOHN - 1994 ( Elton John & Tim Rice )
Tema do filme O REI LEÃO

THERE'S A CALM SURRENDER
Há uma rendição pacífica

TO THE RUSH OF DAY
Na passagem do dia

WHEN THE HEAT OF THE ROLLING WORLD
Quando o calor de um mundo agitado

CAN BE TURNED AWAY
Pode ser afastado

AN ENCHANTED MOMENT
Um momento encantado

AND IT SEES ME THROUGH
Me invade por dentro

IT'S ENOUGH FOR THIS RESTLESS WARRIOR
É o bastante para um guerreiro incansável

JUST TO BE WITH YOU
Apenas estar com você

(CHORUS)
Coro

AND CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT ?
E você pode sentir o amor esta noite ?

IT IS WHERE WE ARE
Ele está aonde nós estamos

IT'S ENOUGH FOR THIS WIDE-EYED WANDERER
É o bastante para um espantado viajante

THAT WE GOT THIS FAR
Pois nós chegamos até aqui

AND CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT
E você pode sentir o amor esta noite?

HOW IT'S LAID TO REST?
Como é que se pode descansar?

IT'S ENOUGH TO MAKE KINGS AND VAGABONDS
É o bastante para fazer reis e vagabundos

BELIEVE THE VERY BEST
Acreditarem no melhor

THERE'S A TIME FOR EVERYMORE
Há tempo para mais e mais

IF THEY ONLY LEARN
Se eles apenas aprenderem

THAT THE TWISTING KALEIDOSCOPE
Que o caleidoscópio giratório

MOVES US ALL IN TURN
Nos faz girar ... a todos

THERE'S A RHYME AND REASON
Há uma rima e uma razão

TO THE WILD OUTDOORS
Para os selvagens lá fora

WHEN THE HEART OF THIS STAR-CROSSED VOYAGER
Quando o coração desta estrela viajante cruza e

BEATS IN TIME WITH YOURS
Bate junto com o seu

( CHORUS )
Coro

AND CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT ?
E você pode sentir o amor esta noite ?

IT IS WHERE WE ARE
Ele está aonde nós estamos

IT'S ENOUGH FOR THIS WIDE-EYED WANDERER
É o bastante para um espantado viajante

THAT WE GOT THIS FAR
Pois nós chegamos até aqui

AND CAN YOU FEEL THE LOVE TONIGHT
E você pode sentir o amor esta noite ?

HOW IT'S LAID TO REST?
Como é que se pode descansar ?

IT'S ENOUGH TO MAKE KINGS AND VAGABONDS
É o bastante para fazer reis e vagabundos

BELIEVE THE VERY BEST
Acreditarem no melhor


IT'S ENOUGH TO MAKE KINGS AND VAGABONDS
É o bastante para fazer reis e vagabundos

BELIEVE THE VERY BEST
Acreditarem no melhor

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vai construir? Não entende de construção? Leia este livro!


Todos nós, de alguma forma nos envolvemos com obras, sendo ou não profissionais da Construção. No entanto, há pouquíssimos livros direcionados aos proprietários de obras, que em sua grande maioria são profissionais de outras áreas, madames e leigos que pouco ou quase nada entendem do assunto.

Baseado na vivência de 25 anos de obras e projetos e na observação ao longo deste tempo, das reclamações dos proprietários de obras, devido à falta de material que os informe, escrevi este livro, direcionado a todas as pessoas que pretendem adquirir um imóvel, construir ou reformar. Uma abordagem com muitas dicas, contratos comentados e conselhos para que os proprietários não caiam em “armadilhas”, saibam comprar terrenos e lidar com engenheiros, arquitetos, empreiteiros, pedreiros, e outras tantas situações que muitas vezes lhes são desfavoráveis.
"VAI CONSTRUIR OU REFORMAR? NÃO ENTENDE DE CONSTRUÇÃO? LEIA ESTE LIVRO!" foi o slogan que juntamente com o meu livro "CONHECENDO OBRAS - Ideal para quem pretende construir ou reformar" me fizeram CAMPEÃO DE VENDAS no stand 22 da 9a Bienal do Livro - Bahia 2009 (17 a 26 de Abril).
O stand foi da MG Livros e foi coordenado pela empresária Marcelle Junquilho que vendeu livros de pelo menos 30(trinta) editoras e seus respectivos (famosos) autores/escritores. O 2º colocado mesmo com toda a fama, vendeu apenas cerca de 30% das vendas do desconhecido escritor Isaac de Cristo.